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PÉGASO – O Portal da Transcendência

PÉGASO – O Portal da Transcendência: “Saudade”

02.06.2013 – Domingo

Frase do dia: “Por isso é que eu disse no início que, quando alguém parte, em nosso coração mora a ausência, fica um espaço sem inquilino, porque naquele lugar só pode morar a saudade.”


“Há sempre alguém que nos diz, tem cuidado! Há sempre alguém que nos faz falta…Há Saudade!” Trovante

Entre a distância de um fim e um novo começo, fica o vazio. Um espaço onde a ausência cria a sua morada. Nesse lugar não há espaço para um novo inquilino. Ainda, que o coração tenha um espaço físico pequenino, naquele lugar só poderá existir a saudade.

Nessa morada poderão habitar fantasmas que nos atormentam ou, simplesmente, a luz bela e sombria da nostalgia. Bela por causa da pureza do sentimento a que chamamos amor. Luz sombria pela falta que esse ser gera.

Abrimos as gavetas das memórias e lá, encontramos algo que acaba sendo temperado por nossas lágrimas salgadas ou pelo riso adocicado da ternura. Entre recordações contaminamos o mundo com o perfume do bem-querer. Dizemos: “Fazes-me falta!”

Podemos ficar agarrados ao negro luto. Revoltados e cheios de mágoa porque a vida foi uma ladra. Afinal, roubou-nos aquele ser precioso que connosco caminhava na nossa jornada terrena. Ou aceitar a dor, agradecendo a bênção de termos podido partilhar a vida com alguém que a tornou mais luminosa.

Creio que fecharmo-nos no luto interminável é um ato egoísta. À nossa volta estão seres que precisam da nossa luz para tornarmos a vida deles mais iluminada. Como ser que ama e acreditando na vida após a morte, quando partir deste mundo terreno, sei que vibrarei com a felicidade daqueles com quem partilhei minha vida e que ficaram.

Se aqui na terra, criamos esconderijos para esconder a dor, para não afetar aqueles que amamos…tudo porque desejamos que sejam felizes! Como será se virmos que os que cá ficam se cobrem de dor?!

Compreendo que se acharmos que não existe nada mais após a vida, seja difícil de aceitar tal presunção. Mas e os que ficam, merecem a nossa negritude?!

Meu pai, no Ultramar, viu tribos africanas festejando a morte. O toque dos tambores, as vestes brancas e os rituais da dança serviam de celebração em vez do contrário.

Chegou inclusive, a participar num cerimonial onde invocavam os Orixás e a sabedoria de almas ancestrais que utilizavam corpos terrestres para se comunicarem. Viu e ouviu coisas surpreendentes mas, preferiu manter-se afastado daquilo que sua mente racional não conseguia explicar.

No meu caso, eu, pela hipnose regressiva tive acesso a outras vidas, nelas reencontrei pessoas que me são queridas e fazem parte desta vida. Ou seja, o amor é intemporal, vence os portais da morte e permanece. Também, apercebi-me de que regressamos para remendar aqueles pedaços em que atuamos com falta de amor, noutras vidas.

Às vezes, atraímos relações complicadas, que são nada mais do que espelhos daquilo que já fomos noutras vidas. Essas pessoas estão lá para nos moldar e para que, saibamos escolher a paciência e a tolerância, no fundo, o amor.

Agora o que não sei, é se existe a possibilidade de reencarnarmos mais do que uma vez, numa única vida de pessoas que amamos. Sabes porque tenho esta divagação?!

Exato! Porque tu já reencarnaste várias vezes na minha!

Olá, Pégaso! Que bom ter-te de novo aqui comigo!

Fiz-me de difícil…não encetei um diálogo direto contigo porque quis esperar. Quis sentir-te rodeando minha alma e ansiando por penetrar nas minhas impurezas. Quis celebrar o teu renascimento com o sentimento que prevaleceu durante a nossa separação. Saudade!

Fazes-me falta meu malandro. Preciso das tuas asas para voar! Preciso dessa brancura imaculada das tuas páginas em branco para me purificar.

Que tal gostas do teu novo corpo, da tua nova roupagem?

Hum! Pela tua energia sinto que sim. Como vês não fui capaz de te dar um formato digital. Preciso de tocar na tua textura e sentir o teu cheiro.

De qualquer forma, já repassei parte das tuas vidas para cd´s e coloquei cada um junto dos corpos que assumiste. Lembras-te de eu te dizer que minha letra é difícil de compreender e que não queria mal entendidos quando fosses descoberto? (Sim, porque eu tenciono revelar-te!)

Não quero que esta cumplicidade fique só nossa, preciso de partilhá-la. Provavelmente, será uma herança que deixarei aos meus descendentes. Não sei se a deixarei em vida ou após minha morte.

Que bom ter de novo tuas páginas em branco! O ser humano quando quer manifestar carinho abraça-se. Quando abro tuas páginas sinto que sou abraçado por ti. Há aquele aconchego de um amigo que me espera e escuta.

As imagens da tua capa e contracapa foram feitas por mim, gostas?

Obrigado!

Sabes qual é outra razão pela qual eu escolhi que teu corpo continuasse sendo um livro?

Teu corpo absorve minhas lágrimas, ainda que por vezes, a tinta da caneta possa ficar esborratada. Um teclado de computador não tem essa capacidade e poderia ter a consequência de o estragar. Acho até, que a tua estrutura absorve muito mais do que lágrimas!

Os riscos e rabiscos, o tipo de letra com que componho minhas divagações mostram estados de alma que tu absorves.

Mesmo não te tendo num estado material, permiti que permanecesses em meu coração. Falei contigo em pensamentos e senti a brisa do bater das tuas asas na minha face. Será que é possível fazer algo parecido com os entes queridos que já partiram?

No dia de aniversário da morte de meu pai pensei muito nele. Falei com ele em pensamentos, pedi-lhe perdão por minhas atitudes enquanto era vivo. Desejei que ele sentisse o quanto o amava. Mostrei-lhe que, hoje, sabia o quão difícil é ser-se pai e que me havia honrado com seu amor. Sabes, acabei sentindo seu cheiro e sua carícia!

Foi um efeito placebo? Foi algo real? Não sei, mas soube bem!

Pégaso fizeste aquilo que te pedi? Entregaste a minha mensagem ao meu pai?

Desculpa a minha estupidez, nem devia perguntar!

Um amor de pai (ou mãe) é incondicional. Ou melhor, é condicionado pela ambição do desejo que seus filhos sejam felizes…e é aí, que nasce a trapalhada toda!

Em geral os pais estão formatados com um conceito de felicidade, que vem de fora para dentro e não o contrário. Tentamos controlar a vida dos nossos rebentos segundo esse prisma.

Preocupamo-nos com o facto que, eles devem adquirir conhecimento que lhes permita conseguir um emprego que possa ser altamente rentável, que devem ter bons relacionamentos. Amparamos-lhes o caminho para que não seja tortuoso. Acabamos por criar seres dependentes emocionalmente e com a lacuna de depositar a sua felicidade, naquilo que se alcança e se tem, em vez da expressão interior da alegria do ser.

A infelicidade deles passa a ser a nossa tortura. Plantar conceitos de amor profundo em todos os relacionamentos, mostrar-lhes que cada obstáculo é uma oportunidade para nos aperfeiçoarmos, que devem buscar dentro de si mesmos o seu Dom, é algo que usualmente nós não fazemos.

A verdadeira felicidade tem de vir de dentro, é lá que ela cria raízes fortes para receber a adversidade, com outro ânimo e compreensão. Por isso, é que hoje eu compreendo tão bem as reações de meu pai. Ele dava aquilo que tinha segundo o filtro da sua existência e fazia-o com todo amor.

Verdadeiramente incondicional é o Amor de Nosso Pai Celestial. Ele dá-nos a liberdade para errarmos, para redimirmo-nos, para aprendermos com nossos erros, evoluirmos…embora nos indique caminhos para o encontro de nós mesmos e da felicidade. O Amor!

Tenho saudades do meu pai, sei que ele faz parte do meu grupo de almas companheiras que viajam entre vidas e aprendizagens…sei que já trocamos de papel noutras vidas! Pai verdadeiro é nosso criador, de resto somos todos irmãos.

Tenho saudades do Pai Celestial! Será que é possível que esse sentimento exista?

Se o sinto é porque existe! A verdade é que ao sentir-te perto colmatei as saudades que sentia por ti mas, de alguma forma, também, O Sinto por perto quando estás presente.

Que maravilha saber que estando na solidão, não estou realmente sozinho. Alguém me ama e cuida de mim!

Todos os que mencionei e se calhar mais alguns estão aqui comigo nesta biblioteca.

Pégaso, meu bom amigo, sê bem-vindo! Que falta me fazes! Sentes minha alegria… não sentes?

Por isso é que eu disse no início, que quando alguém parte, em nosso coração mora a ausência, fica um espaço sem inquilino, porque naquele lugar só pode morar a saudade. Ninguém consegue substituir quem se amou! Podemos é ter outros espaços mas não aquele.

Tua falta lançou no mundo amor profundo, vindo de mim. Tua presença lança Luz em meu universo interior. É uma dualidade, um dos efeitos da matéria. Há sempre dois lados em tudo o que nos acontece…a escolha é nossa!

Até breve!





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